02/10/13 – Eletricidade Moderna
CAS desenvolve plataforma para eólicas
A CAS Tecnologia, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de engenharia de sistemas, automação e telemetria, anunciou recentemente o fornecimento de um sistema para aplicação em estudos de viabilidade para construção de parques eólicos do grupo Energisa.
“O objetivo é proporcionar monitoramento remoto e contínuo das condições climáticas, dos instrumentos em campo e o atendimento aos requisitos das entidades reguladoras correspondentes a este mercado, respectivamente, EPE – Empresa de Pesquisa Energética e O S – Operador Nacional do Sistema Elétrico”, informou Mauricio Catelli, diretor da CAS Tecnologia.
Segundo Catelli, a implantação do sistema permitirá à Energisa criar uma base de dados com as informações coletadas em tempo real e via satélite por instrumentos de medição, como barômetro, termômetro e voltímetro. A plataforma também automatiza processos, constrói uma base histórica de dados e fornece análises contínuas e notificações automáticas de anomalias das condições de campo.
“O sistema facilita o acesso aos dados, apresenta notificações remotas e gera relatórios de eventos, como falhas nos equipamentos, alterações climáticas repentina e informações que não atendem aos padrões cadastrados no sistema. Além disso, a tecnologia acelera a detecção de falhas de funcionamento dos instrumentos de medição e reduz perdas na coleta de dados que afetam diretamente os estudos de implantação.
Os instrumentos de medição coletam dados sobre a velocidade e direção do vento, pressão, umidade relativa do ar, temperatura e tensão, e são alocados em uma torre anemométrica e conectados a um registrador de dados (datalogger), que capta e armazena os dados gerados.
Junto ao datalogger é conectado o módulo de comunicação RS2OOO Multi Lite, que transmite os dados recebidos pelo datalogger via sinal satelital ou Ethernet para o software CAS / Hemera Greenpower.
“Com a instalação da tecnologia de comunicação em campo é possível realizar envio frequente e preciso de informações ao sistema. Os dados podem ser provenientes de diferentes tecnologias de dataloggers e protocolos, e são coletados e tratados de forma homogênea pelo software”, explica Catelli. ”
As informações são organizadas e processadas visando colaborar para que os esforços dos analistas sejam concentrados na garantia das informações necessárias para o estudo.”
Outro beneficio deste processo é o aumento da agilidade na solução de eventuais falhas de instrumentos de medição que possam prejudicar a coleta de dados e consequentemente a qualidade do estudo. A plataforma recebe os dados de campo e envia notificações aos analistas responsáveis pelo estudo, a partir da configuração de critérios de ocorrências, como falhas na bateria de alimentação, na comunicação dos módulos e nos equipamentos de medição ou implausabilidade dos dados.
“Sem a tecnologia, o acompanhamento das instalações nos parques eólicos seria feito de forma manual, exigindo a visita de um técnico até o local para a realização da coleta dos dados. Desta forma o processo ficaria sujeito a perda de dados decorrente de eventuais falhas nos equipamentos de medição.”
A CAS Tecnologia não informou por quanto tempo será feito o monitoramento, nem a extensão das áreas monitoradas, mas disse que o sistema permite acompanhar a evolução dos parques eólicos desde a fase de prospecção até a geração de energia e já foi utilizado para apoiar a implementação de outros parques eólicos no Pais. Atualmente, a plataforma CAS Hemera está sendo utilizada por 16 concessionárias brasileiras. A empresa também está testando soluções inteligentes para a geração solar, que pretende lançar até o final do ano.
A CAS Tecnologia tem mais de 10 anos de mercado, já forneceu soluções para mais de 25 distribuidoras de energia elétrica e água e possui duas unidades de negócio cm São Paulo, SP, com 160 profissionais especializados. Em 2012, o faturamento da empresa foi de RS 48 milhões, 55% superior ao de 2011.
O grupo Energisa atua na distribuição de energia elétrica nas regiões Nordeste e Sudeste e na geração por fontes eólica, hidráulica e biomassa. O grupo objetiva ter em operação até o final de 2017, em construção ou contratado, pelo menos 500 MW de capacidade instalada provenientes de fontes hidráulicas e de outras fontes de energia renováveis.