Arquivo para Tag: Smart Grid

A implementação de tecnologias na incorporação de energias limpas

Artigo: Octavio Brasil – CAS Tecnologia

A conscientização crescente acerca da sustentabilidade no âmbito empresarial tem incentivado a adoção de abordagens responsáveis em relação ao meio ambiente. Empresas comprometidas com o ESG – Environmental, Social and Governance – reconhecem a relevância de incorporar práticas de energia limpa e investir em tecnologias verdes, não somente para cumprir regulamentações, mas também para diminuir potenciais danos ambientais.

Um dos fundamentos essenciais dessa abordagem é a gestão apropriada dos recursos naturais, o que se torna ainda mais crucial no contexto da energia limpa. Recentemente, o Brasil se destacou como um exemplo de êxito em relação à gestão apropriada dos recursos naturais. De acordo com o relatório de investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o país atraiu um considerável montante de investimentos, totalizando 114,8 bilhões de dólares no período de 2015 a 2022.

Além disso, o setor energético brasileiro tem alcançado avanços notáveis. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, o Brasil obtém 83% de sua matriz elétrica de fontes renováveis. Embora as usinas hidrelétricas mantenham sua predominância na produção, as energias eólicas e solares estão em crescimento contínuo.

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CAS Tecnologia e UFABC apresentam artigo na 15ª INDUSCON 2023

CAS Tecnologia, desenvolvedora de soluções de redes inteligentes para o mercado de utilities (energia e água), e a Universidade Federal do ABC (UFABC), apresentaram o artigo científico “Clusterização mista de dados e redução de dimensionalidade no contexto de segmentação de clientes baseada no perfil de consumo” para apresentação durante a 15ª Conferência Internacional IEEE/IAS sobre Aplicações da Indústria, INDUSCON.

O conteúdo foi submetido à apreciação e foi aceito para exibição durante a conferência deste ano, que será realizada em São Bernardo – SP, de 22 a 24 de novembro.

O artigo faz parte de um projeto de colaboração científica entre a UFABC e a CAS Tecnologia e tem por objetivo aplicar conceitos de Big Data, Ciência de Dados, Aprendizado de Máquina, Algoritmos de Clusterização e Interpretações por meio de experimentos, com informações complexas e análises potenciais de plataformas de Inteligência Artificial.

Nesta edição, a conferência será realizada em formato híbrido e terá como tema principal: “Desafios da Indústria 4.0 no contexto ESG”, proporcionado um encontro entre a comunidade acadêmica e industrial, com participação de palestrantes nacionais e internacionais para debater sobre as pesquisas científicas e avanços tecnológicos no campo das aplicações industriais, com foco na “Agenda 2030 para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” das Nações Unidas.

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O que era experimento de P&D, hoje preserva vidas. Este poderia ser, sem exagero, um slogan provável para valorizar a promoção de recursos tecnológicos destinados à implantação de redes inteligentes nas companhias de distribuição de eletricidade.

Porque em seu planejamento, nem no mais delirante cenário, as empresas iriam imaginar que seriam obrigadas a pensar duas vezes, ou mais, antes de despachar equipes para atender ocorrências rotineiras em suas redes.

Essa não é mais uma decisão trivial. Com a pandemia de Covid-19, técnicos que estão na linha de frente das operações em campo, passaram a correr risco mortal de contrair uma doença extremamente perigosa e precisam ser resguardados.

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Regulamentação de Smart Grids e tecnologias IoT trazem novas perspectivas para o setor de Energia

 

O crescimento das fontes de energias renováveis na matriz energética estão alterando a tradicional lógica da geração e da distribuição, deixando de ser atividades centralizadas e burocráticas para atividades cada vez mais democráticas e dinâmicas, já que pequenos empresários e até mesmo pessoas físicas podem assumir o papel de microgeradores de energia elétrica, seja para consumo próprio ou para obter créditos/descontos na sua conta. Mais de 30 mil casas e empresas brasileiras já produzem hoje grande parte da energia de que precisam.

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Regulamentação de Smart Grids no país é a melhor notícia que o setor de energia pode ter

Com a integração de medidores eletrônicos inteligentes, a interação distribuidora x residência torna-se de fato uma interação em tempo real.

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Redes elétricas inteligentes: Necessidade e Lucratividade

As redes elétricas são desdobramentos naturais do ponto de vista técnico e já estão disponíveis há algumas décadas. Porém, além do ganho tecnológico, o conceito precisa ajudar as distribuidoras a ter uma melhora financeira

 

POR WELSON JACOMETTI

As redes elétricas inteligentes, como são chamadas as tecnologias utilizadas nas redes de distribuição de energia elétrica, têm a capacidade de redefinir os padrões de eficiência corporativa e de transformar a relação entre a concessionárias e os consumidores.

Essas redes são desdobramentos naturais do ponto de vista técnico e já estão disponíveis há algumas décadas, como, por exemplo, para a internet e telefonias móveis, que atualmente já possuem, inclusive, suas próprias redes inteligentes. Contudo, na distribuição de energia elétrica os desafios são diferentes, pois envolvem elementos numerosos e específicos (transformadores, medidores e equipamentos de monitoramento de redes) que possuem um espalhamento geográfico que mesmo as redes de telefonia ainda não conseguiram atingir completamente.

O mundo, porém, atingiu tal maturidade no desenvolvimento de tecnologias que esses desafios técnicos serão vencidos. Então, a questão que resta responder é: por que, afinal, as distribuidoras de energia elétrica deveriam adotar as redes inteligentes?

Primeiramente porque as redes inteligentes dependem da tecnologia, mas esta não é realmente a questão mais importante para a indústria de energia. O que importa na verdade é a melhoria efetiva em termos financeiros, que as distribuidoras poderão atingir com a sua adoção. Além disso, as redes inteligentes serão vistas pelos consumidores como o conjunto de informações que lhes permitirão tomar decisões do dia a dia com relação ao comportamento de consumo, aos eletrodomésticos que possuem e aos que vão adquirir, bem como ao impacto financeiro que suas decisões implicam no final do mês.

A melhoria efetiva no desempenho financeiro das empresas relacionadas à indústria de energia elétrica com a adoção das tecnologias de redes inteligentes passa, inicialmente, pelo correto entendimento de que problemas existem para serem resolvidos. Isso por-que, de fato, a tecnologia por si só, embora seja algo extremamente atraente, precisa induzir uma mudança no conjunto de fatos que torna a indústria o que ela é hoje.

Leitura Remota das Redes

Se for tomado como exemplo o movimento dos sistemas de lei-tura remota de dados de medição ocorridos no cenário mundial na primeira década deste século: na Europa e Estados Unidos, o fator motivador para essas tecnologias foi a melhoria das condições de custos operacionais (mão de obra) envolvidos no processo de leitura manual.  Esse fator ainda não existe na América Latina, Ásia e África, de forma que a tecnologia de leitura remota de dados de medição seja efetiva e bastante atraente, já que não é o custo da mão de obra que a torna útil e valiosa no Brasil.

No mercado brasileiro, assim como em muitos outros, a perda não-técnica associada aos processos de medição é o fator que disparou a necessidade da leitura remota de dados e, mais do que isso, não apenas da leitura relacionada aos processos de faturamento, mas determinou que a tecnologia devesse ser capaz de trazer para a distribuidora o conhecimento profundo do padrão de consumo de um determinado consumidor.

Isso para que, ao analisar esse padrão, seja possível determinar se o “dado” de consumo está correto ou se deverá disparar um processo de inspeção de campo para regularizar defeitos, mani-pulações ou fraudes na medição que esteja gerando perdas.

Um clássico exemplo ocorreu no final da década de 1990, com a introdução dos medidores eletrônicos de energia elétrica em substituição aos seculares medidores eletromecânicos. Muito embora seja hoje claro que os medidores eletrônicos mais simples superam – na técnica – os melhores medidores eletromecânicos, sua adoção massiva só iniciou-se em função de aspectos também clássicos, por exemplo, a redução de custos dos medidores e o incremento de funcionalidades que permitem identificar melhor defeitos e furtos de energia, além de melhorar a precisão na medição de pequenas cargas, trazendo impactos diretos sobre faturamento dos clientes com medidores eletrônicos instalados.

Enquanto as áreas de engenharia das distribuidoras trabalharão para verificar se a tecnologia é robusta o suficiente, as áreas executivas das concessionárias esperarão por relatórios que indi-quem quais são os ganhos nas instalações para tomarem a de-cisão de adoção em larga escala. Quando a rede elétrica estiver estruturada com os recursos das redes inteligentes, além dos aspectos básicos que geram, por um lado, novas oportunidades de receitas, por outro, exigem um controle mais preciso sobre o que ocorre na rede, várias outras oportunidades de ganhos surgirão – direta ou indiretamente.

E as regras

O que é comum em todas essas oportunidades é que será necessário modificar um conjunto de regras hoje estabelecidas para o setor, sobretudo quando se fala em controle sobre a distribuição. É fato que, no modelo atual, todos os incrementos tecnológicos tendem – em um primeiro momento – gerar uma série de custos e complexidades operacionais adicionais, enquanto os processos atu-ais permanecem.

Porém, o que deve ser considerado pela alta gestão das geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica não são “se” as redes inteligentes serão uma realidade, mas “quando” serão adotadas – dado que a tecnologia encontrará seus caminhos de maneira natural. Ao definir o “quando”, um executivo do setor passará a ter um controle mais preciso sobre o “como”, para adotar a tecnologia nas aplicações e para que o retorno de investimento torne-se mais rápido e, com isso, acionar um mecanismo de transformação que atenda aos anseios dos investidores.

As redes inteligentes podem ser uma grande oportunidade. Se não resolverem, podem melhorar o nível de relacionamento com os consumidores de energia elétrica mediante a adoção – simultânea – de estratégias de informações que aumentem o poder que o consumidor tem de avaliar a sua eficiência no uso da energia elétrica, além de criar novos canais de comunicação com o consumidor e, dependendo da regulação do setor, novos serviços.

Trazer os consumidores para uma relação mais próxima com as empresas do setor elétrico pode gerar reforço positivo para todas as questões envolvidas com a lucratividade da empresa ou podem, se a estratégia for mal efetivada, gerar justamente o contrário. Por isso, esta é uma questão de natureza estratégica, importante de ser conduzida, não sob as regras atuais do negócio, mas sobre novas regras que precisam ainda ser construídas.

Não basta agregar um “terminal” com dados de kWh em uma residência para melhorar a imagem que o consumidor tem de sua companhia de distribuição, mas colocar neste “terminal” dados e informações que efetivamente mudem a vida do consumidor, que tornem o consumo de energia elétrica um assunto de maior previsibilidade e que – ao final de cada mês – contribua para a percepção de uma ascensão social sustentável. Isso sem perder de vista o enorme papel que as redes inteligentes têm para o futuro sustentável do negócio.

E, por que não, do País e do planeta?

Smart Grid começa a alterar o perfil do setor elétrico

Thomas Alva Edson construiu em 1879, a primeira lâmpada elétrica comercialmente viável. Com a popularização da tecnologia, alastraram-se pelo mundo grandes redes de energia que passaram a alimentar não só filamentos luminosos, mas também uma infinidade de eletrônicos.

Talvez Edson se desapontasse ao descobrir que, mais de 80 anos depois da sua morte a maneira como é feita a distribuição elétrica de energia evoluiu muito pouco. Segundo especialistas, os sistemas atuais dependem excessivamente de fontes geradoras  únicas, com redes suscetíveis a falhas pontuais, porém críticas, e alto índice de furtos e prejuízos nas pontas.

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