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Minas Gerais e a digitalização da energia

Minas tem se destacado como o terceiro estado que mais investe em tecnologia no setor energético

A modernização da infraestrutura elétrica brasileira não é apenas uma tendência tecnológica, mas uma necessidade estratégica diante dos desafios energéticos e climáticos do século XXI. Minas Gerais tem demonstrado que, com planejamento, investimento e foco em inovação, é possível liderar esse processo de maneira concreta e estruturada.

O Brasil tem investido significativamente na modernização de sua infraestrutura elétrica, adotando novas tecnologias aliadas às redes inteligentes (smart grids) para melhorar a eficiência, confiabilidade e sustentabilidade da distribuição de energia. Essas soluções permitem uma gestão mais eficaz do consumo e da geração de energia, integrando fontes renováveis e incentivando a participação ativa dos consumidores.

Diante desse cenário, Minas Gerais tem se destacado como o terceiro estado que mais investe em tecnologia no setor de energia, atrás apenas de São Paulo e Paraná. As companhias de energia elétrica mineiras têm desempenhado um papel crucial nesse processo, com diversos projetos, como a instalação de quase 1 milhão de medidores inteligentes até o final deste ano.

Outrossim, até 2028 estão previstos investimentos de R$ 23 bilhões na rede de distribuição, incluindo a construção de 120 novas subestações, totalizando 615 instalações. O Estado também lidera nacionalmente em conexões de geração distribuída no meio rural, com mais de 37 mil unidades conectadas e uma potência instalada superior a 800 mil kW — o que representa 25% da potência de minigeração e 17,5% da microgeração do Brasil.

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Inovação orientada ao consumidor

 

A transformação na operação das redes elétricas no Brasil, nos últimos 30 anos, é considerável e impõe novos desafios e abre novas oportunidades de negócios para as empresas do setor. A quantidade de dados recolhida por meio da medição eletrônica – dos grandes consumidores ou dos consumidores residenciais – e que permitem traçar perfis de uso da energia, entre outros parâmetros, tornou-se, em paralelo, mercadoria preciosa, mas também desafiadora, abrindo oportunidades de negócio que ninguém seria capaz de imaginar em passado recente.
“O ‘calo’ hoje é processar dados. É muito difícil mensurar o volume de informações geradas. Pode até colapsar um sistema”, aponta o presidente da AES Brasil, Ítalo Freitas. A companhia passou a oferecer, entre outros produtos, um serviço de inteligência para segmentação de dados.

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