14/08/2015 – CryptoID

Consciência ambiental já é o principal fator para adesão a soluções inteligentes de combate a crise hídrica. 

Soluções inteligentes com uso de tecnologia ajudam a combater a crise hídrica.

Grandes períodos de estiagem, aumentos dos custos e crise econômica motivam aumento de 40% no índice de interesse e procura pelo sistema de medição individualizada.

Desenvolvida há 11 anos pela CAS Tecnologia, a medição individualizada de água tem despertado cada vez mais interesse na sociedade, tanto no segmento doméstico quanto no corporativo. Segundo a Sabesp, o índice de procura para uso residencial da ferramenta cresceu 40% – a CAS passou de 20 mil pontos de medição individualizada de água instalados em 2013, para cerca de 35 mil pontos até o início desse ano, em São Paulo-, apesar de 85% dos condomínios da cidade ainda não contarem com preparação para receber o sistema.

As informações foram apresentadas durante Fórum sobre como a tecnologia pode ajudar no combate à crise hídrica, patrocinado pela CAS, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de redes inteligentes para utilities.

”Quando lançamos a medição individualizada, em 2004, enfrentamos muita dificuldade para convencer os usuários sobre a importância e funcionalidade da ferramenta. Na fase seguinte, a sociedade passou a entender melhor o conceito da medição individualizada e mais do que isso, a questão da justiça social -cidadãos querem pagar de acordo com seu consumo, e não mais pela conta do seu vizinho. Atualmente, com o agravamento da crise hídrica entramos em uma terceira etapa – da consciência ambiental. Ou seja, além da busca por redução de custos, entra em cena também o temor de que um recurso até pouco tempo atrás tido como infinito, termine”, explica Marco Aurélio Teixeira, gerente de negócios da CAS Tecnologia.

 

Um mercado em evolução

Não foi apenas a forma como a medição individualizada passou a ser vista pela sociedade que mudou. A própria tecnologia, que consegue estimular uma redução de 20% em média no consumo de água já nos primeiros três meses, que evoluiu e passou a despertar interesse de outros segmentos.

“Ao longo desses 11 anos, identificamos que a informação faz toda a diferença no perfil de consumo de água de cada indivíduo. Quando a conta é individualizada e o usuário é informado sobre seu consumo e o quanto terá que pagar por isso, se assusta e passa a consumir de uma forma mais consciente. Por isso, vislumbramos a necessidade de aperfeiçoar o funcionamento do sistema”, diz Marco.

As medições, que inicialmente ocorriam apenas mensalmente, passaram a ser diárias e atualmente chegam a ser feitas de forma horária, durante a madrugada, quando o consumo médio é zero ou perto disso. “É justamente neste período do dia que a curva de consumo sai do seu padrão normal, indicando a possível ocorrência de vazamento ou desperdício, por exemplo”, completa o executivo.

De acordo com Marco, a piora no quadro de ameaça de falta de água, a preocupação em cortar custos e a possibilidade de valorização do imóvel tem atraído interesse de novos segmentos, como prédios com mais de dez anos de construção, bem como empresas e indústrias.

Mesmo envolvendo obras mais complexas e tendo um custo maior do que no caso de empreendimentos mais novos, que já são entregues pelas construtoras preparados para receber o sistema de medição individualizada, o mercado de imóveis antigos tem registrado aumento na demanda.

“Em 2014, a CAS Tecnologia fez a conversão de sistema em três edifícios. Apenas no primeiro semestre desse ano, esse número subiu para oito”, afirma.

 

Medição setorizada

No caso do mercado corporativo, o maior interesse pela medição individualizada, surgiu recentemente, para atender duas demandas: otimização de custos e pela necessidade de conhecer o perfil do consumo de água do negócio e, assim, entender onde estão os vilões. Essa busca de informações fez com que surgisse um novo modelo operacional da tecnologia – a medição setorizada.

Com esse sistema é possível monitorar todo o setor produtivo da indústria e saber, em detalhes, qual o consumo em cada etapa da operação. Os resultados permitem ao empresário mexer nos processos, reduzir o desperdício no uso de água, ter maior controle e, como resultado final, além de benfeitoria ambiental, diminuir custos de fabricação do produto.

App para ajudar na gestão de consumo

Após evoluir na forma de medição, procurando levar mais informações e assim estimular a redução do consumo de água, a CAS Tecnologia anuncia o desenvolvimento de um aplicativo mobile, que vem de encontro com esse aumento da preocupação com o meio ambiente, por meio do uso mais consciente do recurso hídrico.

O app, que tem lançamento previsto para o segundo semestre desse ano, rodará em todas as plataformas: Android, iOS e Windows Phone. “O sistema permitirá que a CAS Tecnologia chegue de forma direta a todas as pontas do processo. Trata-se de um sistema que ajudará a disciplinar o cliente e permitirá que ele tenha maior controle de consumo de água de uma forma acessível, eficiente e simples”, conta Marco Aurélio.

Inédita no mercado, a ferramenta terá uma série de funcionalidades e fácil manuseio. Será possível traçar meta de consumo mensal de água, verificar diariamente como está o índice e prever com antecedência qual será o valor da conta daquele mês. Caso aconteça um consumo inesperado ou a meta saia da curva estipulada no decorrer do período, o app vai alertar o usuário por meio de um alarme, indicando a suspeita de um vazamento. O mesmo aviso trará outros dados como a data da ocorrência e o total de volume perdido. A novidade também trará informações sobre as tabelas de tarifas das concessionárias de água – tanto a simples quanto a progressiva.

 

Redes inteligentes de água

Cerca de 40% da água produzida no Brasil é perdida antes mesmo de chegar à casa do consumidor final. Ou seja, a cada 100 litros produzidos, 37 litros nem alcançam seu destino final. A situação ainda piora em alguns estados brasileiros, onde o valor bate a marca de 76 litros. O mesmo índice é de 20% na Inglaterra, chega a 7% na Alemanha e não passa de 3% no Japão. “As principais causas para esse prejuízo são vazamentos nas tubulações, problemas nas ligações de redes de distribuição de água e envelhecimento de redes – principalmente em estados como São Paulo e Rio de Janeiro”, aponta Juliano Abreu, Gerente de Novos Negócios da CAS Tecnologia.

Em sua apresentação no Fórum, Juliano destacou a existência de uma tecnologia que já existe na Europa, América do Norte e Ásia, e que acaba de desembarcar no Brasil via CAS Tecnologia – o Smart Water. “Trata-se de uma rede de medição inteligente de água, que possibilita a identificação de irregularidades e perdas em tempo real, proporcionando uma distribuição eficiente e inteligente, além da gestão mais eficaz“, explica. Atualmente, a CAS conta com projetos-piloto do sistema no Brasil e exterior.

A solução tem capacidade de atender todas as etapas do processo operacional dentro das concessionárias: tratamento, armazenamento, distribuição e consumo. De acordo com estudo da consultoria Pike Research, o sistema deve ganhar corpo nos próximos anos não apenas no Brasil, mas no mundo todo – a previsão é de que o número de medidores inteligentes de água no planeta chegue a 25 milhões, em 2016. “Perto do segmento de energia, que conta com mais de um bilhão de medidores inteligentes, é pouco, mas mesmo assim trará resultados significativos, como um potencial de economia anual mundial de US$12,5 bilhões, distribuídos em gestão de vazamento e pressão, operação e manutenção de rede, entre outros”, destaca Juliano.

Sobre a CAS Tecnologia

Desde 2000, a CAS aplica tecnologia, ciência e engenharia para desenvolver soluções inteligentes para redes de água, energia e gás. Com abordagem ponta-a-ponta e integradora para redes inteligentes, a CAS é capaz de prover a tecnologia como ferramenta valiosa para a eficiência dos negócios e como um aliado para a sociedade em resposta aos desafios ambientais.
Para mais informações, acesse: www.castecnologia.com.br