30/07/2015 – Jornal Destak
Individualização de conta de água cresce 40% na Grande São Paulo
Prédios têm recorrido a mudança para tentar reduzir o consumo e evitar as sobretaxas impostas pela Sabesp
A procura por individualização de água em condomínios aumentou 40% no comparativo do primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2014. Segundo a Sabesp, neste ano 678 condomínios da Grande SP passaram a ter medição individualizada. No mesmo período de 2014, 484 passaram pela mudança.
A instalação de hidrômetros permite saber quanto efetivamente cada morador gasta. Geralmente o rateio a ser pago pela água nos condomínios é feito por quantidade de apartamentos.
Segundo Marco Aurélio Teixeira, gerente de negócios da CAS Tecnologia, empresa especializada em serviços de individualizações, é necessária uma análise da estrutura do prédio para saber quanto cada morador gastará com a individualização.
Ele explica que em alguns casos é necessário fazer um “retrofit”, que consiste em preservar a estrutura original da edificação acrescentando-lhe materiais e equipamentos mais modernos.
Em média o investimento varia de R$ 600 a R$ 4 mil conforme as adaptações necessárias.
Prédio na zona sul investiu R$ 50 mil para cada um dos 64 apartamentos ter o medidor de consumo geral, prédios com menos de dez anos possuem condições melhores para receber a individualização do que aqueles mais antigos.
Economia
Jorge Shimao, síndico do condomínio Cielo, localizado no Jardim da Glória (zona sul), contratou o serviço. O custo para individualizar os hidrômetros foi de R$ 50 mil nos 64 apartamentos do prédio. Ele afirma que a discussão sobre colocar hidrômetros em cada um dos apartamentos surgiu no ano passado, com o agravamento da crise hídrica. “Queríamos dar visibilidade do que cada um estava consumindo”, afirma Shimao.
A decisão sobre colocar os hidrômetros teve de passar por assembleia dos moradores. Com o aval, foram feitas as cotações. O síndico afirma que mesmo antes da implantação dos hidrômetros em cada um dos apartamentos o consumo já foi reduzido e o prédio já entrou na primeira faixa de bônus da Sabesp. Curiosamente, a economia de água veio com o anúncio de que poderia haver rodízio. Com a individualização, a meta é economizar mais.